Nascido em 12 de Maio de 1922 na capital de São Paulo Capital, falecido em 12 de Outubro
de 2000. Artista de rara sensibilidade, Arrivabene consegue efeitos surpreendentes com o
instrumental médico, que parece adquirir vida e expressão e até mesmo movimento, na
interpretação de cenas ou fatos ligados à sua atividade profissional. Quando não trabalha
em arte, Boris foi diretor de um grande hospital paulistano.
O escritor Roberto de Paula leite comenta a respeito de Boris - um dos artistas mais sérios
e profundos de
São Paulo: “Por volta de 1965, surgiu na Capital Paulistana um pintor que
apresentou uma temática curiosa, original: Boris Arrivabene. De certa maneira, o pintor
Boris recomeçou a trabalhar em arte depois de formado em medicina. Desde o início usou
o instrumental cirúrgico em suas esculturas. Essa técnica difícil constitui um dos contributos
de Boris Arrivabene ao ideário plástico brasileiro contemporâneo.”
“Boris evidenciou-se na primeira fase de sua criatividade pela influência indireta de sua
experiência de radiologista e, posteriormente, de médico.”
Boris Arrivabene evidenciou-se muito também pelos seus trabalhos em pintura, desenho e,
sobretudo, gravura. Suas figuras parecem ser cortadas a bisturi pela sua grande
perfeição
técnica e, ao mesmo tempo, a musicalidade dos ambientes criados dão uma espécie de
vibração rítmica às gravuras que chega a ser visível. Alem do mais, a oposição preto e
branco pode ainda ser representado pelos contrastes como o da presença e
ausência, a
alegria ruidosa e a melancolia latente, a figura carnuda e a sombra tênue.
Boris Arrivabene
é um homem que demonstra saudade das coisas enquanto elas estão acontecendo.